sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Drogas

1.Opiáceos:


Introdução e Histórico aos opiáceos:

Os opióides incluem tanto drogas opiáceas naturais, quanto as drogas sintéticas relacionadas, como a meperidina e a metadona. Os opiáceos são substâncias derivadas da papoula. A codeína e a morfina são derivadas do ópio, e a partir destas produz-se a heroína.

O uso de opiáceos remonta a séculos atrás. No século XVI, o ópio era utilizado como remédio para os "nervos", contra tosse e diarréia. No fim de século XIX, a heroína foi utilizada como um remédio para a dependência causada pela morfina, no entanto seu uso mostrou-se inadequado. Apesar de ter reconhecidamente um maior efeito contra a dor e contra a tosse, tem também maior probabilidade de causar dependência.

As drogas sintéticas relacionadas aos opiáceos foram criadas para tratar da dor sem causar dependência. Apesar de sua eficiência como analgésicos, essas drogas também podem causar dependência.

O que os opiáceos fazem no organismo?

Logo após a injeção de opióides, o usuário experimenta um "rush", uma "onda de prazer'' Isso ocorre devido à rápida estimulação de centros cerebrais superiores, que pode ser seguido de depressão do sistema nervoso central. A dose necessária para causar esses efeitos pode também causar agitação, náuseas e vômitos. Com o aumento da dose, há a sensação de calor no corpo, boca seca, mãos e pés pesados, e um estado em que o "mundo é esquecido".

Esses efeitos ocorrem devido à ação de opióides "exógenos" como a morfina, e opióides "endógenos" como as beta-endorfinas em receptores opióides do tipo mu. Ao se ligarem a esse receptor, essas substâncias causam analgesia, somente com o uso sistemático é que pode ocorrer a depressão do sistema nervoso central.

Os efeitos fora do sistema nervoso central são muitos: contração da pupila, depressão respiratória, respiração irregular, obstipação, retenção de urina e diminuição do volume urinário. Todos esse efeitos ocorrem devido à ação da droga nos centros nervosos do tronco cerebral, ponte e bulbo, e na musculatura lisa do intestino e do trato genitourinário. A depressão respiratória pode ser bastante grave, podendo levar à morte.

Como os opiáceos são eliminados do organismo?

Os opiáceos são absorvidos pelo trato gastrointestinal, mas sofrem o "efeito da primeira passagem" (são metabolizados no próprio intestino e no fígado). Devido a seu caráter básico e a limitada ionização ao pH fisiológico, a droga atinge rapidamente o interior das células. Como essas substâncias não têm afinidade especial pelo sistema nervoso central, elas se espalham por todo o organismo, causando diversos efeitos.

O metabolismo final ocorre no fígado, onde a morfina é transformada em mono e diglucuronídeos e eliminada na urina.

Tolerância e Dependência aos opiáceos:

Com o uso regular, há necessidade de maior quantidade de droga para obter-se o mesmo efeito anterior (tolerância). O desenvolvimento de dependência pode rapidamente. A dependência psicológica ocorre quando a droga ocupa um papel central na vida do usuário. Nestes casos, a cessação do uso leva os usuários a uma forte e incontrolável vontade de utilizar a droga.

A dependência física faz com que os usuários tenham sintomas de abstinência quando o uso é diminuído ou interrompido de maneira abrupta. Estes sintomas podem aparecer poucas horas após a última administração. Os sintomas mais comuns são: agitação, diarréia, cólicas abdominais e uma vontade intensa de consumir a droga ("fissura" ou "craving"). Estes sintomas são mais intensos entre 48 e 72 horas após o último uso, e cessam após uma semana.

Em usuários pesados, que não apresentam boa saúde, a abstinência repentina pode levar à morte.

Opióides e a Gravidez:

Mulheres grávidas dependentes de opióides podem ter dificuldades durante a gravidez e o parto. As ocorrências mais comuns são: anemia, doenças cardíacas, diabetes, pneumonia e hepatite. Há também uma maior incidência de abortos espontâneos e nascimentos prematuros.

Os recém-nascidos de mães dependentes de opióides geralmente são menores e mostram sinais de infecção aguda. Os opióides têm capacidade de ultrapassar a barreira placentária e a barreira hematoencefálica imatura do feto, causando depressão respiratória de maneira mais intensa que no adulto. A maioria dos recém-nascidos apresentam variados graus de sintomas de abstinência. A mortalidade entre estas crianças é maior que a normal.


2.Barbitúricos:


O que os barbitúricos fazem no organismo?

A principal ação do barbitúrico é sobre o Sistema Nervoso Central. Eles podem causar depressão profunda, mesmo em doses que não têm efeito sobre outros órgãos. A depressão pode variar sendo desde um efeito sedativo, anestésico cirúrgico, ou até a morte. Outro efeito dos barbitúricos é o de causar sono, podendo induzir apenas o relaxamento (efeito sedativo) ou o sono (efeito hipnótico), dependendo da dose utilizada.

Absorção, Metabolismo e Excreção dos barbitúricos:

O uso de barbitúricos pode ser oral, intramuscular, endovenoso, ou retal. Independentemente da via de administração eles se distribuem uniformemente pelos tecidos. Após a absorção, eles se ligam a proteínas do sangue e vão agir principalmente no cérebro, devido ao seu alto fluxo sangüíneo. Os efeitos depressores aparecem entre 30 segundos e de 15 minutos, dependendo do tipo de barbitúrico utilizado.

Os barbitúricos são metabolizados no fígado e excretados na urina

Envenenamento Barbitúrico:

O envenenamento barbitúrico é um problema clínico significativo, podendo levar à morte em alguns casos. A dose letal do barbitúrico varia de acordo com muitos fatores, mas é provável que o envenenamento grave ocorra com a ingesta de uma só vez de doses dez vezes maiores que a dose hipnótica total. Se o álcool ou outros agentes depressores forem utilizados junto com o barbitúrico, as concentrações que causam morte são mais baixas.

Em casos de envenenamento grave o paciente apresenta-se comatoso, com a respiração lenta ou rápida e curta, a pressão sanguínea baixa, pulso fraco e rápido, pupilas mióticas reativas à luz e volume urinário diminuído. As complicações que podem ocorrer são: insuficiência renal e complicações pulmonares (atelectasia, edema e broncopneumonia).

O tratamento nestes casos é de suporte.

Tolerância aos barbitúricos:

O uso crônico de barbitúricos pode levar ao desenvolvimento da tolerância. Isso ocorre tanto pelo aumento do metabolismo da droga, como pela adaptação do sistema nervoso central à droga. O grau de tolerância é limitado, já que há pouca ou nenhuma tolerância aos efeitos letais destes compostos.


3.Entorpecentes:


Entorpecente Substância que provoca distúrbios emocionais e psíquicos no indivíduo que utiliza. Heroína, morfina, xilocaína, ecstasi, lsd, entre outras drogas são entorpecentes.


4.Anfetaminas:


Aspectos históricos e culturais:

Sintetizada pela primeira vez em 1887, as anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, alteram nosso psiquismo, aumentando, estimulando ou acelerando o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso central.

São drogas sintéticas, fabricadas em laboratório, não sendo, portanto, produtos naturais. Foi lançada no mercado farmacêutico na forma de um inalador indicado como descongestionante nasal, em 1932. Em 1937, iniciou-se o comércio de benzedrina, um comprimido para revigorar energias e elevar estados de humor. Foi usado, durante a Segunda Guerra Mundial, pelas tropas alemãs para combater a fadiga provocada pelo combate. Os Estados Unidos também permitiram seu uso na Guerra da Coréia.

Por ser uma droga cujo uso terapêutico auxilia principalmente na moderação do apetite, são facilmente encontradas nas farmácias, que são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica.

Além de inibidoras de apetite, as anfetaminas podem, também, a partir de uma certa dosagem, provocar um estado de grande excitação e sensação de poder. Este uso se popularizou após a Segunda Guerra Mundial, na década de 50.

Na gíria, estas drogas são conhecidas, por exemplo, como "rebite" e/ou "bolinha". "Rebite" é como são chamadas as anfetaminas entre os caminhoneiros. Tendo um prazo para entregar determinada mercadoria, eles tomam o "rebite", objetivando dirigir à noite e não pegar no sono, ficando "acesos" e "presos" ao volante.

O uso entre jovens passou a ser também freqüente. Usadas com o nome de "bolinha", deixam a pessoa "acesa", "ligadona", provocando um "baque". Procurando varar a noite estudando, uma pessoa pode usá-las com o objetivo de realizar esta tarefa por mais tempo, evitando o cansaço.

Mais ou menos em l970, inicia-se o controle da comercialização - pois as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, sendo portanto ilegal seu uso sem acompanhamento médico adequado.

Efeitos físicos e psíquicos:

As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, podendo acarretar, com seu uso freqüente, tolerância à droga, assim como a sua interrupção brusca, síndrome de abstinência.

Consumidas por via oral ou injetadas, são consideradas psicotrópicos estimulantes, por induzir a um estado de grande excitação e sensação de poder, facilitando a exteriorização de impulsos agressivos e incapacidade de julgar adequadamente a realidade.

O uso prolongado pode provocar forte dependência, sendo que no extremo podem surgir alucinações e delírios, sintomas denominados "psicose anfetamínica".

FONTE: http://www.imesc.sp.gov.br/infodrogas/anfetami.htm / http://www.dignow.org/post/nova-defini%C3%A7%C3%A3o-entorpecente-2639338-51895.html / http://www.unifesp.br/dpsicobio/drogas/barbi.htm / http://www.imesc.sp.gov.br/infodrogas/opiaceoc.htm Postado por: Rafael B.

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